O que aprendi em 10 dias de silêncio… bem, escreveria um livro ou mais com tanto aprendizado, porém escolhi compartilhar com vocês o mais importante em minha vida.
Um reconhecimento pelo campo mais sagrado que já adentrei: meu próprio corpo. Meu Deus, quanta gratidão por esquadrinhar cada pedacinho reconhecendo a perfeita engenharia que conecta tudo. Uma obra orquestrada milimetricamente sem que haja uma só desarmonia que não seja logo recuperada.
Uma loucura interna que foi apreciada, respeitada e integrada num período de total auto-amor.
Cada inspiração, expiração, inspiração, expiração trazia consigo um mar de possibilidades que meu próprio corpo apresentava para conversar sem que houvesse uma única palavra, apenas sensações.
Sensações que me apresentavam a impermanência da vida, o estado de mudança contínua, não importando se era amor, dor, calor, arrepio, formigamento, frio, sensibilidade, alegria, êxtase, taquicardia, sudorese… eram tantas informações num silêncio absoluto, que me preenchia de mim mesma. Tudo aquilo, que eu nem preciso definir, sou Eu! Uma explosão de energia, movimentando o tempo todo, sem nenhuma fixação ou cobrança, apenas a fluência da energia que compõe meu Ser.
E hoje, peço licença para dividir minhas conquistas
e compartilhar a possibilidade de Amor verdadeiro, amor por mim mesma, amor por você, que assim como eu, é feito de um mar de possibilidades de energias em um constante movimento que é parte de tudo, formando um Todo.
Priscila Gongora.