Em um mundo onde pipocam tantas palavras em inglês e a exigência é saber mais, ter mais, ser mais do que alguém, pedir para ser “Heart ou será Hard” é no mínimo engraçado. Como pode o coração facilitar algo quando a razão é quem impera! Ninguém tem tempo à perder com estas coisas sentimentais não é mesmo?
É verdade, durante muitos anos o coração foi visto e estudado como uma bomba que nos mantém vivos e como sinônimo de fraqueza para aqueles que o seguem, mas a ciência moderna tem comprovado o que os antigos acreditavam sobre o coração, que ele é o centro de uma sabedoria superior.
O coração contém uma rede de neurônios que estabelece uma complexa comunicação com o cérebro por vias hormonais, biofísicas e eletromagnéticas. “Ele pode realmente se lembrar de coisas e pode funcionar de forma muito parecida com o cérebro”, diz Rollin McCraty. Eo neuroimunologista, psicólogo e escritorPaul Pearsall contribui dizendo que o coração não está a serviço do cérebro, mas é um parceiro para formar com ele nossa organização interna de manutenção da saúde.
Conhecer este funcionamento de mão dupla, nos permite ter maior interação nos estados emocionais e de estresse mental na promoção da saúde. De acordo com os pesquisadores do instituto de neurocardiologia Heart Math, “emoções positivas, inclusive aquelas que são auto induzidas, transformam o sistema inteiro em um modo psicológico harmonioso e globalmente coerente, o que pode ser associado a uma melhoria na performance do sistema, na capacidade de autorregulação e num estado geral de bem estar”.
Bem, parece que há uma luz neste novo caminho do coração. Ele se apresenta mais como um potente amigo do que um fraco causador de ciladas dolorosas. Experimentar a inteligência do coração no auxílio ao funcionamento perfeito do cérebro parece muito mais produtivo do que permanecer nas lutas internas que levam à fadiga e as diversas doenças.
Se queremos pensar em termos de saúde, a separação existente desde Descartes, entre mente e corpo, deve ser repensada em uma rede totalmente conectada, um sistema único de comunicação que tudo sabe em todas as esferas que compõe o ser. Despertar esta linguagem é o mesmo que despertar uma nova consciência que está integrada no corpomente. “A consciência de cada um modifica o seu corpo, a sua saúde e até o seu ambiente”, acrescenta Candace Pert, nesta mudança de paradigma.
E quando se fala em ambiente se faz necessário uma abertura na mente para compreender a amplitude do termo no âmbito interno e externo de cada pessoa. Diversos experimentos demonstram como o ambiente interfere no estado de cada indivíduo, interagindo diretamente na construção ou não da sua saúde. ”O ambiente é a energia universal. Ele varia desde o sol, planetas, astrologia, aos nossos próprios pensamentos. Nosso corpo é energia, pensamentos são energia. Todas estas energias afetam nossa biologia, obviamente, alguns diretamente e outros indiretamente” cita Bruce Lipton, no seu livro Biologia da Crença.
“Toda sabedoria já existe na energia do amor, basta aprender a acessá-la. No ‘Heart’ se encontra um caminho natural para alterar toda a química do corpo e, portanto, promove a saúde que tanto se almeja”, explica Dr. Saulo Luciani da Heart Healing.”
Segundo Paul Pearsall,“o coração gera um campo eletromagnético de cinco mil milivolts, ele é capaz de emitir frequências de onda de rádio e ele fala com o cérebro através de uma substância chamada ANP (Peptídeo Naturético Atrial), descoberta no coração. Podemos então inverter os sinais de origem para transformar o caos mental através da harmonia emanada pelo coração.